Novembro 2017-4 | Revista O Meu Bebé

Novembro 2017-4

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XO PARTOX

Quando nascerá?
Nem sempre o bebé nasce na data prevista para o parto. Quando o nascimento se atrasa a mãe pode sofrer ansiedade e ter muitas dúvidas. Oferecemos-lhe alguns conselhos para a ajudar a viver este momento com mais confiança e serenidade.

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É NORMAL QUE ME PREOCUPE?
É verdade que as reações são sempre diferentes, mas, quando a gravidez se alonga para lá das 40 semanas, mais cedo ou mais tarde, surgem as dúvidas. Em vias de ser mãe, o estado de alerta é contínuo e os temores são mais ou menos semelhantes para todas. Podem ser aparentemente sensatas (“O meu filho estará bem?”, “Estará tudo a correr normalmente?”) ou mais ilógicas e irracionais (“Não vou conseguir dar à luz…”, “Nunca me vou ver livre desta barriga!”). Este é um período de estados de espírito intensos em que a mãe compreende ser impossível controlar tudo aquilo que lhe sucede. Esta descoberta é difícil de aceitar, especialmente numa sociedade como a nossa, cuja tendência é a de construir o dia a dia com base em pontos de referência que pensamos que nos podem dar segurança e tranquilidade.

Antigamente, as nossas avós viviam com muita serenidade o facto de trazer uma criança ao mundo “quando chegasse o momento”. Agora, pelo contrário, custa mais a aceitar esta filosofia, já que, se a situação não se inclui na “habitual gravidez de 40 semanas” passa facilmente à preocupação de que algo pode não estar a correr bem.

BEBÉ SOB CONTROLE
A partir da semana 40 de gestação, o bem-estar do bebé é controlado através de alguns exames. Mais concretamente, três exames: um, ginecológico, para comprovar o estado do colo do útero e para detetar a presença de alterações que indiquem iminência do parto; uma ecografia para avaliar a quantidade de líquido amniótico, já que, se há uma grande reabsorção, a placenta pode estar a trabalhar menos do que o devido; e uma cardiotocografia para controlar o ritmo cardíaco do feto e possíveis contrações uterinas. A regularidade destes exames de controle depende da situação de cada mulher, porém, os hospitais seguem o seu próprio protocolo. Por esta razão, ao escolher o hospital ou maternidade onde terá lugar o parto, é importante pedir informação sobre os procedimentos habituais em caso de que a gravidez ultrapasse as 40 semanas. O facto de saber quais são as consultas previstas, a frequência do acompanhamento e a forma de induzir o parto, em caso de necessidade, ajudam a gerir o pânico perante situações inesperadas.

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SEREI CAPAZ DE O FAZER?
A montanha russa emocional vivida durante a espera faz-nos sentir mais frágeis e inseguras e receosas; inclusive culpadas, às vezes, como se, de algum modo, fossemos responsáveis pelo atraso do parto. É quando nos perguntamos porque ainda não fomos capazes de dar à luz, e procuramos uma solução de todas as formas possíveis. Algumas das futuras mães pedem conselho ao médico ou enfermeiro, enquanto que outras se agarram a tradições populares, convencendo-se de que, ao desafiar qualquer argumento científico (como tomar um banho quente ou subir um grande número de escadas) poderão resolver o problema de uma vez por todas. No entanto, é o pensamento o verdadeiro causador das emoções da mãe, especialmente no que diz respeito à preocupação de não ser capaz de enfrentar uma prova que parece ser insuperável. Desde pequenas que nos falam das dores de parto como sendo algo terrível, e quanto mais se aproxima o momento maior é a dificuldade para combater o medo, que se torna cada vez mais irracional. Muitas vezes, inconscientemente, a mãe espera que a gravidez dure quase infinitamente, porque, de certo modo, a gravidez satisfaz o desejo de ser mãe sem obrigar a mulher a enfrentar problemas. No entanto, antes da separação física, é necessária uma separação emocional do bebé imaginado. Este é um passo fundamental para gerar um novo equilíbrio e poder receber o bebé real.

COMO VIVER MELHOR OS ÚLTIMOS DIAS?
Em primeiro lugar, recorde que a data prevista para o parto é apenas uma data aproximada. Apenas 6% das mulheres dão à luz de forma espontânea na data prevista. Na maioria dos casos o nascimento ocorre duas semanas antes ou duas semanas depois dessa data.
• Como tal, não se feche em casa à espera do momento do parto como se estivesse doente. Chegará a tempo ao hospital, mesmo que tenha de sair de um restaurante, porque a dilatação é habitualmente mais longa do que imagina.
• Confie no seu corpo. O sinal de alarme soa quando chega o momento e será impossível enganar-se e não o reconhecer.
• Permaneça em contacto com o seu filho e “ouça” os seus movimentos, mas, sem se deixar levar pela angústia: no final da gravidez o bebé move-se menos e de um modo diferente porque tem menos espaço.
• Dedique-se a atividades de que gosta, distraia-se para conseguir afastar a ansiedade do seu pensamento.
• Saia ou converse com outras futuras mães que se encontrem nas mesmas condições. Partilhar experiências contribui para que se sinta menos sozinha.
• Dê preferência à lentidão e à calma. Descanse tudo o que puder e armazene as suas forças para quando chegar o momento do parto.
• Rodeie-se de pessoas que lhe transmitem calma e a fazem sentir protegida; lembre-se de que o nervosismo também é contagioso.

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XPÓS-PARTOX

Sente-se cansada? Não se preocupe!

Já nasceu. E agora tudo poderia ser maravilhoso, não fosse o facto de se sentir como se tivesse “as pilhas descarregadas”. Vejamos quais são os exames e os tratamentos adequados para a ajudar.

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FALTA-LHE MAGNÉSIO
Trata-se de um mineral indispensável para se sentir em forma. Entre as suas diferentes funções, regula a transmissão dos sinais nervosos, permite utilizar a energia dos hidratos de carbono e intervém na síntese da serotonina, a hormona do bem-estar.

Carências dietéticas
Preparar e cozinhar os alimentos, hoje em dia, elimina grande parte do magnésio neles contido. Segundo algumas estimativas, o consumo deste elemento reduziu-se para metade do seu valor, relativamente a 100 anos atrás, sendo que, a sua necessidade continua a ser a mesma. De qualquer modo, através de uma simples análise de sangue, o seu médico pode saber se sofre de carência de magnésio.

O tratamento
Se o resultado confirmar uma deficiência deste mineral, consulte o seu médico. É possível recorrer a um suplemento de 1.200mg de magnésio por dia, em comprimidos, em pó ou em ampolas, que se toma ciclicamente, por exemplo durante períodos de dois ou três meses que se podem repetir ao longo do ano. O magnésio não apresenta contraindicações e ajuda a ultrapassar os problemas surgidos antes da menstruação: inchaço, tensão mamária e ansiedade.

A estratégia
Para garantir a quantidade diária de magnésio à sua mesa, deve comer, por exemplo: um prato de verduras de folha verde, 4 a 5 nozes, massas e pão integral.

SOFRE DE ANEMIA
Se sente fraqueza e apatia há já algum tempo, deve vigiar o nível de ferro no sangue, especialmente, se tiver menstruações abundantes.

O teste
Através de uma análise de sangue é possível saber quais os valores de hemoglobina, de hematócrito, o nível de sideremia e de ferritina, sendo os primeiros orientadores e os segundos indicativos em relação à quantidade de ferro presente no sangue e às reservas do mesmo.

Se estes valores forem baixos, o médico pode receitar-lhe um suplemento, para além de ácido fólico e vitamina B12, indispensáveis na constituição da hemoglobina, a proteína encarregada de levar o oxigénio a todo o organismo. Com menos oxigénio, que funciona como um “carburante” celular, tudo se torna mais lento e esta é a explicação para a sensação de fadiga.

Os trastornos
No entanto, o problema não é apenas físico. Estudos recentes revelaram que a carência em ferro desempenha um efeito específico sobre três funções cognitivas: a atenção, a memória e a aprendizagem. Este mineral intervém nos níveis dos neurotransmissores cerebrais, especialmente na dopamina, que ajuda a desenvolver a velocidade das funções mentais. Por esta razão, juntamente com a astenia, é habitual manifestarem-se sintomas como perda de memória e concentração.

A estratégia
Carne, ovos e legumes: inclua um destes alimentos à sua mesa diariamente, são os mais ricos em ferro. Combine-os com verduras ou frutas, como os brócolos ou os cítricos, que, graças ao seu conteúdo em vitamina C, facilitam a absorção do ferro. A homeopatia também pode ajudar: 5 grãos de China, 15 CH, de manhã e à tarde, ajuda a repor mais rapidamente as reservas deste mineral.)

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SOFRE DE DESEQUILÍBRIOS HORMONAIS
Depois de uma gravidez, é preciso dar uma atenção especial à tiroide. Nesta etapa a glândula endócrina que regula o nosso metabolismo é muito mais suscetível de sofrer desequilíbrios.

Os trastornos
Em 10% das gestações, durante os 12 meses posteriores ao parto, a tiroide pode desenvolver uma inflamação que, em primeiro lugar provoca um hiperfuncionamento com sintomas como taquicardia e agitação, depois um hipofuncionamento com astenia, fadiga e depressão. Muitas vezes, ambos os casos são transitórios e

Cansaço “fisiológico”
Durante o pós-parto pode ser produzido um aumento da prolactina (inclusive sem amamentar), uma hormona que provoca sonolência, falta de concentração e, algumas vezes, cefaleias e menstruação escassa.

A estratégia
Se os problemas persistirem, é conveniente consultar o seu médico, que normalmente indica exames específicos tanto para a prolactina como para a tiroide. No segundo caso, é necessária uma ecografia para poder visualizar a estrutura da glândula, assim como uma análise hematoquímica para dosear as hormonas da tiroide (T4 e T3) e da TSH (a hormona estimulante da tiroide) para além da presença de anticorpos diretos contra a tiroide. Se as análises demonstram a existência de hipotiroidismo, o especialista poderá receitar a administração de hormonas da tiroide, de modo a compensar aquelas que não são produzidas pela glândula. Em quantidade adequada, esta hormona é inócua para o lactente.

À MESA: QUATRO REGRAS “ANTI FADIGA”
O cansaço poderá ser mais acentuado se a sua alimentação não for adequada. Para além das carências de ferro e magnésio, pode sofrer um défice de vitaminas e oligoelementos, importantes no aumento da resistência ao cansaço. Deixamos-lhe algumas sugestões:
Faça dois ou três pequenos lanches ao longo do dia, principalmente à base de fruta e verduras, ricas em vitaminas e minerais.
Evite ou controle os doces, já que estes provocam picos de insulina e devolvem a sensação de fome pouco tempo depois. Dê preferência aos açúcares complexos, que se encontram nas massas, arroz e cereais, alimentos que fornecem energia a longo prazo.
Coma peixe três vezes por semana: contém tirosina, um aminoácido precursor da dopamina, a molécula da vitalidade.
– Opte pelos alimentos que contêm selénio, um potente que protege o sistema nervoso, e que se encontra nos moluscos, cereais, sementes de girassol, amêndoas e castanhas do Maranhão.

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XSAÚDEX

Os exames realizados ao recém-nascido

Depois de nascer, e durante as semanas seguintes, o bebé é submetido a uma série de exames que permitem avaliar o seu estado de saúde. Vejamos as respostas dos especialistas às dúvidas das mães sobre este tema.

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A manobra de Ortolani efetuada ao meu filho foi negativa, mas, mais tarde, decidiram pôr-lhe uma fralda dupla porque tem uma displasia da anca. Porque é que não fizeram uma ecografia antes de lhe dar alta do hospital?
Durante o primeiro exame (entre 6 e 12 horas após o nascimento) é efetuada a manobra de Ortolani; um movimento rotativo específico da perna do bebé, que permite determinar se a cabeça do fémur está corretamente posicionada. Nos casos mais complicados (as crianças que nascem em posição podálica ou que possuem antecedentes familiares), o ortopedista avalia a necessidade de recorrer a uma ecografia. Este exame não é obrigatório e, sim, complementar, trata-se de um protocolo recomendado pela Organização Mundial de Saúde. A ecografia realizada a todas as crianças caiu em desuso, não só porque a displasia da anca também se pode manifestar a partir dos 6 ou 8 meses de idade, mas também porque nem todas as unidades de saúde têm um técnico especializado em ecografia.
Em relação a este caso, pode tratar-se de uma anca “imatura”, que se posicionará de forma espontânea. A verdadeira displasia requer tratamento através de um aparelho específico de correção.

O teste do pezinho é efetuado a todos os recém-nascidos. Para que serve?
Este exame efetua-se dois ou três dias após o parto. Em Portugal não é obrigatório, mas, uma vez que para todas as doenças estudadas existe tratamento, as vantagens para o bebé e para todo o ambiente em que está inserido são evidentes. Permite detetar as chamadas “doenças congénitas do metabolismo”: disfunções dos processos de transformação dos alimentos, que provocam uma acumulação de substâncias tóxicas no organismo da criança ou a carência de outras substâncias. Estas doenças são detetadas após o nascimento, já que, durante a gravidez, é a circulação sanguínea da mãe que trata estas substâncias, e não o feto. Quando detetadas a tempo, as doenças podem ser curadas ou mantidas sob controle. As doenças detetadas em Portugal por este exame são: as Doenças Hereditárias do Metabolismo (Fenilcetonuria, Leucinose, Citrulinemia, Tirosinemias tipo I e II, Aciduria Arginino-Succínica, Acidurias Orgânicas e défices da ß – oxidação dos ácidos gordos) e o Hipotiroidismo congénito.

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Fizeram um teste ocular ao filho de uma amiga. Chama-se “reflexo vermelho”. Porque não o fizeram ao meu filho?
Durante o teste do reflexo vermelho (também chamado luar pupilar), o pediatra ou o oftalmologista observam o fundo do olho através de um oftalmoscópio, enquanto aplicam um feixe luminoso na diagonal. Em condições normais, o fundo do olho devolve um reflexo avermelhado; caso contrário pode tratar-se de opacificação do cristalino (catarata congénita) ou da córnea (glaucoma congénito). A catarata afeta quatro de cada 1.000 recém-nascidos e pode provocar cegueira se não for diagnosticada durante as primeiras semanas de vida. Este teste deve ser realizado ao nascer. Se o hospital não pode realizar o teste, o pediatra ou o oftalmologista devem fazê-lo nos primeiros dias de vida do bebé.

O meu filho mais velho tem problemas de audição e estou grávida pela segunda vez. Deveria fazer algum teste específico para averiguar se existem problemas semelhantes?
As otoemissões são sons gerados pelas células ciliadas externas do ouvido, transmitidos através de um pequeno microfone colocado no canal auditivo. Se a criança tem um leve problema de ouvido, as emissões desaparecem. Este é um teste que faz parte do rastreio auditivo e deve ser efetuado a toda a população infantil, independentemente dos fatores de risco. Por outro lado, no caso de haver uma predisposição familiar às alterações auditivas, o exame deve ser minucioso, com testes neurofisiológicos de potenciais evocados auditivos.

Há uns anos atrás, quando o meu filho mais velho nasceu, fizeram-lhe um eletrocardiograma para prevenir o risco de morte súbita…
Há anos que se discute a necessidade de efetuar um eletrocardiograma a todos os recém-nascidos. No entanto, não existe nenhuma certeza sobre a possibilidade desta ação prevenir a síndrome de morte súbita do lactente, sobre a qual as causas ainda são desconhecidas.

Fizeram uma espectrometria de massa ao meu filho para estudo de doenças metabólicas. Em que consiste exatamente este teste?
A espectrometria de massa em tandem é um método altamente tecnológico que permite detetar cerca de 90 doenças metabólicas.

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Como se deve preparar para dar o peito

É necessário tomar alguma medida durante a gravidez de forma a amamentar o bebé com serenidade quando nascer? Damos-lhe os conselhos dos especialistas.

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O PEITO “PREPARA-SE” DURANTE A GRAVIDEZ
Desde as primeiras semanas da gestação que o peito se transforma e começa a preparar-se para dar de mamar.
O colostro começa a formar-se nos alvéolos mamários durante a 14ª semana da gravidez. Nos casos de parto demasiado prematuro, a chegada do leite pode-se dar por volta das 20 ou 21 semanas. Antigamente, recomendava-se que as mães preparassem o peito para a chegada da amamentação através de tratamentos para fortalecer o mamilo. Hoje em dia sabe-se que estas precauções são inúteis.
O peito já está preparado para a amamentação, pois esta é a sua função fisiológica. No início da gravidez, o peito aumenta de volume, as glândulas mamárias multiplicam-se e os vasos sanguíneos dilatam. Na aréola, as glândulas de Montgomery, que têm o aspeto de borbulhinhas, aumentam de tamanho e segregam uma substância suavizante e antisséptica que lubrifica e protege o mamilo.
Quando o recém-nascido mama encontra o colostro e esta substância cobre as exigências nutricionais dos primeiros dias de vida e fornece uma importante reserva de anticorpos.

SE O MAMILO É PLANO OU INVERTIDO
Como o leite vem do peito e não do mamilo, se o bebé suga corretamente, abarcando uma grande parte da aréola, não existe qualquer problema. Foi comprovado que os exercícios de preparação para extrair o mamilo desde a gravidez são inúteis. Por isso, espere pelo nascimento do bebé, e se ele tiver dificuldade para mamar, é conveniente fazer uma pequena massagem na aréola com a ponta dos dedos para fazer sair o mamilo.
Para ajudar a essa saída do mamilo, também pode recorrer à “pressão negativa” (o vazio) utilizando um extrator de leite manual ou uma “seringa invertida”. A operação é simples: o mamilo apoia-se na extremidade onde estaria o funil e faz-se uma ligeira aspiração no sítio onde normalmente se coloca a agulha.
Muitas vezes, na continuidade da amamentação (o sugar do bebé), o mamilo ganha forma e tende a sobressair cada vez mais.
Nos poucos casos em que o mamilo não sobressai de maneira nenhuma, pode recorrer à utilização de mamilos de silicone.

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CUIDADOS E HIGIENE CORRETA
O mamilo não precisa de qualquer preparação. Pelo contrário, a utilização de produtos de higiene, como sabonete ou gel, podem secar a pele do mamilo, retirando-lhe as suas defesas naturais produzidas pelas glândulas de Montgomery.
– Em relação aos cuidados do peito, é suficiente efetuar a higiene diária habitual durante o banho ou duche. No entanto, é recomendável massajar o peito com óleo de amêndoas doces, que, para além de ser indicado para todo o corpo, ajuda a mãe a familiarizar-se com o seu peito.

O QUE FACER ANTES DO NASCIMENTO
Ainda que não seja necessário preparar o peito, é importante que se prepare para amamentar.
Será útil obter informação sobre a amamentação e gestão das mamadas através de um curso de preparação para o parto, da leitura de manuais e da participação em reuniões organizadas por associações de ajuda às mães, como a Liga do Leite, por exemplo. Deste modo, a mãe pode ter uma ideia dos possíveis obstáculos iniciais e das soluções a que pode recorrer. Também é importante escolher o hospital, clínica ou maternidade onde irá decorrer o parto. É preferível que esta escolha recaia sobre um hospital onde o início da amamentação seja facilitado e onde possa ter acesso ao rooming-in, uma solução que lhe permite ter o bebé consigo no quarto depois do parto.

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XSAÚDEX

Dermatite atópica e frio

O inverno é a estação do ano mais complicada para as crianças que sofrem este problema. Vamos saber quais são os cuidados necessários para prevenir uma recaída e evitar o agravamento da dermatite atópica.

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PELE SECA, FACILMENTE IRRITÁVEL
A dermatite atópica é uma doença inflamatória da pele. Não é contagiosa, mas sim crónica e recorrente. Os sintomas podem variar em cada criança: na primeira vez manifesta-se de forma aguda, depois dão-se fases de remissão alternadas por reincidências agudas semelhantes à primeira.

– Geralmente considera-se que a sua natureza é alérgica, porém, esta é uma explicação um pouco simplista. A dermatite atópica deve-se a um problema de constituição: na pele das crianças “atópicas”, o cimento intercelular vê-se alterado por uma disfunção do conteúdo lipídico. A pele atópica é mais porosa e, portanto, permeável, perde a sua componente de água facilmente, seca e greta com mais facilidade.
No caso desta dermatite, a pele fica avermelhada, com pequenas descamações e lesões cutâneas, prurido intenso e elevado mal-estar. Nas zonas inflamadas podem aparecer minúsculas bolhas que segregam líquido, que fazem feridas e infetam facilmente se a criança se coçar. A dermatite nas crianças costuma afetar a zona das faces e do queixo e as dobras do pescoço, das pernas e dos braços.

DOIS INIMIGOS: O FRIO E A POLUIÇÃO
Antes, pensava-se que a primavera era a estação mais complicada para a dermatite. Hoje em dia sabe-se que no inverno surge o maior ataque à pele, fazendo com que chegue à primavera com as defesas fragilizadas.
O frio, por si só, não é nocivo. O problema é a comichão, que aumenta em função da temperatura da pele, e deveria diminuir com temperaturas mais baixas. No entanto, o frio implica uma permanência prolongada em sítios fechados e, normalmente, com aquecimento. Também é nesta estação que tendemos a agasalhar mais as crianças, ou seja, a temperatura da pele aumenta e também aumenta a comichão, já que a transpiração não evaporada permanece sob a roupa.
Também a poluição é maior. No inverno, aumenta a exposição aos agentes contaminantes e aos alergénicos domésticos, especialmente os ácaros do pó. Estas partículas inorgânicas, ao entrar em contacto com as mucosas, são transformadas em ácidos que provocam irritação. A pele atópica é uma presa fácil destes agressores porque possui uma barreira cutânea mais permeável. Do mesmo modo, as mucosas nasais e brônquicas podem tornar-se mais frágeis ou hipersensíveis: nalguns casos, as crianças com dermatite atópica podem desenvolver bronquite asmática, rinite ou conjuntivite alérgica mais facilmente.

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PROTEGER A PELE
Este tipo de pele nunca pode ficar indefesa. É indispensável mantê-la bem hidratada durante todo o ano e sem descuidos.
Para isto, é necessário utilizar cremes hidratantes testados e estudados especificamente para peles atópicas, receitados por um dermatologista. É preciso ter em conta que não se trata de cremes emolientes normais; não devem conter corantes, perfumes ou conservantes como os parabenos (conservantes economicamente acessíveis e efetivos) utilizados na indústria da cosmética.
Os cremes hidratantes devem ser experimentados sempre e substituídos por outros quando não são adequados para a criança. Uma vez determinado qual o creme que melhor se adapta, deve ser usado diariamente.
– Nos mais pequeninos deve ser aplicado em todo o corpo, após um banho morno e rápido, à noite. Às crianças mais velhas aplica-se todas as manhãs, antes de sair de casa, em todas as zonas do corpo expostas (mãos, rosto, pescoço e orelhas), assim como em todas as zonas secas.

OBRIGADO POR LER
O MEU BEBÉ

Irá receber o seguinte número da revista
na próxima semana

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